Protagonista da sua própria trajetória - Entrevista com Geisa Fabiane

Lucas Rodrigues
Lucas Rodrigues
Pós-Júnior que trabalhou muito por um Brasil mais empreendedor e que hoje continua trabalhando para isso. Conheça um pouco sobre a história da Geisa Fabiane. #SouProtagonistaPorque

Protagonista da sua própria trajetória- Entrevista com Geisa Fabiane

A missão do Movimento Empresa Júnior é “formar, por meio da vivência empresarial, empreendedores comprometidos e capazes de transformar o Brasil”, os nossos pós-juniores estão liderando transformações em todo o ecossistema, seja no mercado, na gestão pública e até nas universidades!

E nesse último caso, Geisa Fabiane, que assumiu diversos cargos de liderança no MEJ, entre eles a Diretoria de Desenvolvimento da Brasil Júnior em 2013 e a Presidência do Conselho da PB Júnior em 2012. Geisa, atualmente, é mestranda e Chefe da Divisão Administrativa da Editora da Universidade Federal da Paraíba. No nosso bate-papo, nos conta como o MEJ pode tornar nossas universidades mais empreendedoras e como suas experiências no Movimento impactaram na pessoa e profissional pronta para transformar o país.

Comemorando o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, trazemos uma pós-júnior e os comentários das empresárias juniores que participaram da campanha #SouProtagonistaPorque. Que assumemgrandes desafios dentro e fora do MEJ, e acima de tudo, são protagonistas da sua própria trajetória!


Confira a entrevista exclusiva, realizada no dia 08/03:

1. Conte um pouco da sua trajetória.

Hoje eu sou chefe da Divisão de Administração da Editora UFPB e faço Mestrado em Gestão de Organizações Aprendentes na Universidade Federal da Paraíba. No MEJ, tive oportunidade de trabalhar nas três instâncias, fui cofundadora e Presidente da UniSigma Consultoria, Presidente do Conselho e Presidente Executiva da PB Júnior, Assessora de Gestão de Federações e Núcleos e Diretora de Desenvolvimento da Brasil Júnior.

2. Quais foram os maiores desafios que você encarou dentro do MEJ?

Foram vários: a fundação da UniSigma, a Presidência do Conselho da PB Júnior, o NEGO 2011, o PEG 2013, dentre outros; mas sem dúvidas, a Presidência do Conselho da PB Júnior foi um dos que mais me marcaram. Era um desafio porque era a primeira vez que a PB Júnior tinha o cargo institucionalizado (até então, o cargo era exercido pelo Presidente Executivo), além disso, exigia de mim uma grande mudança de postura, transformando minha carreira profissional. Antes de assumir a Presidência do Conselho, eu tinha um perfil muito prático, de executar diretamente o que precisava ser feito; na Presidência do Conselho, eu já não tinha o poder de execução (que compete à Diretoria Executiva), mas ainda assim, eu era diretamente responsável pelos resultados a serem gerados pela Federação, o que exigiu de mim o desenvolvimento de outros aspectos de liderança, eu precisava prestar contas de maneira transparente e eficaz das ações da Diretoria Executiva, ao mesmo passo em que precisava cobrar os resultados esperados pelo Conselho, além disso, era preciso formar os conselheiros enquanto líderes do MEJ estadual, o que incluía a formação técnica e histórica, mas, muito mais, uma formação comportamental. Também foi um ano de grandes desafios na PB Júnior e o fato de estar envolvida com eles me fez crescer bastante.

3. Como o MEJ pode tornar as universidades brasileiras mais empreendedoras?

Essa é uma ótima pergunta, especialmente porque eu estive no lado MEJ e hoje atuo como técnica administrativa em uma Instituição Pública de Ensino Superior. Creio que, para tornar as universidades brasileiras mais empreendedoras, o MEJ precisa romper as paredes de suas EJs e integrar-se de maneira mais efetiva ao universo de suas IES, isso inclui dedicar-se para entender o funcionamento da Instituição de Ensino, o plano para seu desenvolvimento institucional e as propostas pedagógicas dos cursos dos quais fazem parte. O artigo 11 do Código de Ética do Movimento de Empresas Juniores incentiva às EJs a promoverem o desenvolvimento, também, dos alunos que não têm o privilégio de fazer parte da empresa júnior, a meu ver, tal ação não pode ocorrer de maneira pontual apenas pela EJ, mas pode ser promovida de maneira integrada a Universidade gerando resultados ainda maiores. Por fim, é impossível falar em educação empreendedora sem falar em educação e é impossível falar em educação sem conhecer suas teorias, abordagens e aplicações.

4. Quais são as maiores transformações que o MEJ pode proporcionar a sociedade?

Não acredito que seja possível mensurar em uma resposta. A capacidade de transformação do MEJ é diretamente proporcional a capacidade de transformação de cada empresário júnior e de cada pós-júnior formado por ele o que nos conduziria a potenciais incríveis e incalculáveis. Por isso, vou falar das transformações para as quais eu tenho esperança: espero que o MEJ transforme a forma de se fazer política no país, que influencie mudanças significativas na área de educação e administração pública, que influencie a formação de líderes e gestores, além de potencializar o empreendedorismo.

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5. Cite um projeto que você realizou na EJ e que gerou um grande impacto!

Creio que o maior projeto que eu ajudei a desenvolver na EJ foi a sua própria fundação. Éramos 13, nove meses de trabalhos intensos, e hoje já são mais de 100 jovens impactados pela iniciativa. Desconheço as cifras financeiras e o número exato de projetos executados durante esses 07 anos, mas reconheço a transformação causada pela UniSigma em cada um dos que passaram por ela. Desde casos como o de Thyago Ramon que, uma vez na UniSigma, percebeu que estava no curso errado e hoje faz sucesso no novo curso escolhido a casos como o de Jorge Wanderley, empreendedor pioneiro no seguimento de coworking na Paraíba. Nenhum impacto pode ser maior do que aquele que transforma a vida de outras pessoas.

6. Quem era a Geisa antes do MEJ?

Eu não posso ceder ao MEJ a exclusividade da minha formação. Eu tive a honra de ter pais incríveis que me formaram enquanto estudante e empreendedora antes mesmo de eu saber o que significava empresa júnior, mas eu confesso que o MEJ é sim um dos grandes responsáveis pela formação profissional que eu tenho hoje. Acho que mais fácil do que dizer quem era a Geisa antes do MEJ é dizer quem é a Geisa depois do MEJ: uma profissional um pouco mais calma (quem me conhece sabe que esse não é lá o meu forte), resiliente, assertiva, dinâmica, comunicativa e com uma visão sistêmica e estratégica melhor desenvolvidas. Mulher, pós-júnior, forasteirfa e paraibucana de Taperoá.

7. Como o MEJ contribuiu para formação da mulher e profissional que você é hoje?

Sem dúvidas, o MEJ permitiu que eu enxergasse meu poder de ação, transformação e liderança, me transformou em uma agente de mudanças. Desde 18/08/2009, eu deixei de dormir para sonhar e passei a trabalhar arduamente para realizar cada um dos meus sonhos. Também influenciou minhas habilidades críticas e potencializou meu senso de responsabilidade social, como disse Gandhi, "se ages contra a justiça e eu permito que assim o faças então a injustiça é minha", logo, a responsabilidade pela desigualdade que vemos também é nossa.

8. Qual recado você gostaria de passar para todas as empresárias juniores do país?

Durante o período das eleições norte-americanas, a BBC lançou uma reportagem chamada "Quem é Hillary Clinton, a mulher que pode comandar o país mais poderoso do planeta". A reportagem descrevia também o pai de Hillary Clinton, Hugh: "ficou conhecido por incentivar o sucesso dos filhos e costumava dizer para Hillary: 'tudo o que um homem pode fazer, você também pode fazer'". Se eu pudesse deixar um recado nesse dia, sem dúvidas seria este.

Veja outra entrevista com Pós-Juniores aqui.

Autora: Carolina Naomi - VP de Comunicação da Brasil Júnior 2017

#SouProtagonistaPorque

Lucas RodriguesEstudante de Engenharia Elétrica da UnB. Responsável pelos Negócios Digitais da Brasil Júnior.
Lucas Rodrigues
Lucas RodriguesEstudante de Engenharia Elétrica da UnB. Responsável pelos Negócios Digitais da Brasil Júnior.