Universidades como porta de entrada para o mercado de trabalho

Thuany Gibertini
Thuany Gibertini
Entenda qual o papel das universidades para abrir as portas do mercado de trabalho para novos profissionais e o como o MEJ pode potencializar isso.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2012 a 2018, o número de trabalhadores com ensino superior completo aumentou 48,2%.

Passou de 13,1 para 19,4 milhões.

Além de preparar o cidadão para o mercado de trabalho, a universidade também pode proporcionar excelentes anos da vida.

São experiências e aprendizados que desenvolvem o crescimento pessoal e profissional do indivíduo.

Os cursos de graduação são absolutamente necessários para quem deseja boas posições em quase todos os segmentos, representando um diferencial de excelência.

Pois, os estudantes universitários e graduados são a preferência na hora da contratação, pois as empresas veem esses profissionais como pessoas que possuem conhecimentos mais específicos.

Se em uma economia estável e com boas taxas de contratação o conhecimento e especialização já fazem diferença, em um cenário de crise isso pode ser o fator decisivo.

A capacitação pode acontecer em diversos níveis.

Porém, o ensino superior é o de maior leque, pois aumenta a quantidade de funções que podem ser exercidas pelo profissional daquele segmento e que está capacitado para isso.

A primeira decisão de carreira

A escolha do curso de graduação é uma decisão importante e que gera consequências para várias vertentes da vida.

Afinal de contas, o trabalho compõe a maior parte do nosso tempo. Por isso, os jovens ainda no ensino médio passam pela pressão de definir o que estudarão nos anos seguintes.

A boa notícia é que, diferente do que muitos pensam, a opção por uma carreira não é um ponto final, determinando a vida profissional de forma definitiva e inflexível.

Muito pelo contrário!

Hoje, o mercado é muito mais maleável que há alguns anos e os cursos têm diversas portas e várias opções de atuação, muito maiores que as gerações anteriores.

Discussões sobre futuro do trabalho apontam muitas incertezas também no futuro das profissões, por conta da automatização e digitalização de processos e serviços.

Por isso, já existem várias atividades que ainda não estão disponíveis para o aprendizado nas universidades, principalmente no ramo da tecnologia.

Mas um ponto é inegável: o curso superior ainda é uma das principais maneiras de ter um conhecimento aprofundado sobre determinado assunto.

Pois, durante a graduação, o universitário investirá diversas horas da sua semana para desenvolver um conhecimento teórico sobre alguma área de atuação, sendo muito importante que se identifique com ela para que o percurso seja mais leve e agradável.

Mas, apesar de o diploma ainda ser uma das principais maneiras de garantir um resultado satisfatório no processo de recrutamento em organizações, ele não é o único ponto a ser desenvolvido: é muito importante procurar atividades práticas no ambiente acadêmico que serão decisivas na conquista do primeiro emprego e na entrada no mercado de trabalho.

Educação empreendedora como alternativa

Hoje a graduação é apenas a ponta do Iceberg e vemos que a busca por conhecimento além das aulas dentro da faculdade também é bastante considerada.

Muitas empresas apostam na educação continuada de seus estagiários e profissionais, permitindo que se mantenham atualizados e sempre aprendendo, processo conhecido como lifelong learning.

Quem está saindo dos bancos das faculdades tem pouca (às vezes, nenhuma) experiência na área pretendida, ficando atrás na corrida por uma vaga.

Nesse cenário, complicam ainda mais a situação a crise econômica e o aumento do desemprego, a empregabilidade é a maior preocupação da comunidade acadêmica brasileira.

Essa conclusão é do estudo elaborado pelo Instituto Ipsos para o Grupo Santander, ouvindo mais de 9 mil estudantes e professores em 19 países, cerca de 850 no Brasil.

  • Para 54% dos entrevistados, é preciso melhorar a inserção dos recém-formados no mercado de trabalho.
  • 63% acreditam que as universidades não conseguem munir os alunos das competências exigidas pelas empresas.

Anderson Pereira, diretor da Universia (rede do Santander Universidades que reúne cerca de 1.300 instituições acadêmicas) no Brasil, acredita que os empregadores brasileiros não têm resistência a recém-formados.

O que acontece é que um currículo mais cheio ainda faz diferença.

O Movimento Empresa Júnior (MEJ), maior movimento de empreendedorismo jovem do mundo, surge como uma das principais alternativas para esse desenvolvimento extracurricular.

Considerada como a maior ferramenta de educação empreendedora no ambiente acadêmico, há cada vez mais procura por parte de jovens universitários para participar de uma empresa júnior (EJ).

A EJ possui finalidades educacionais, na medida em que capacita os acadêmicos para o mercado de trabalho por meio da realização de projetos, incutindo-lhes senso de responsabilidade e desenvolvendo habilidades.

Por isso, ressalta-se que sua finalidade peculiar mais relevante está relacionada ao aprimoramento de habilidades e competências dos alunos de graduação, para alavancar o mercado e o país, imprimindo valores como ética, colaboração e atitude empreendedora.

Futuras lideranças

Os universitários e estagiários serão os líderes e executivos daqui a alguns anos.

Empresas que enxergam isso e desenvolvem o potencial desse profissional, junto aos conhecimentos técnicos adquiridos durante graduação, saem na frente, mantendo um verdadeiro corpo técnico de qualidade.

No MEJ, devido ao trabalho em rede e contato com o mercado ainda na faculdade, os estudantes universitários e profissionais jovens costumam ter mais familiaridade com novas ferramentas, trabalhos complexos e em equipe.

A atividade econômica exercida pela EJ pode gerar excedentes chamados de lucro, que por sua vez serão reinvestidos em capacitações, treinamentos, cursos, e outras melhorias necessárias ao aperfeiçoamento dos membros.

Por isso, acreditar no universitário é acreditar na prosperidade de milhares de negócios ao redor do mundo e nas próximas gerações de liderança do país.

Esse grupo representa o pilar de continuidade de diversas empresas, trazendo inovação e renovando a cultura do mercado de trabalho.

Thuany GibertiniThuany Gibertini, 23 anos, pós-júnior da FEJESP. Formada em jornalismo pela UNESP de Bauru e apaixonada pela comunicação e por comunicar. Concorda com Dumbleodore ao acreditar que as palavras são a nossa inesgotável fonte de magia.
Thuany Gibertini
Thuany GibertiniThuany Gibertini, 23 anos, pós-júnior da FEJESP. Formada em jornalismo pela UNESP de Bauru e apaixonada pela comunicação e por comunicar. Concorda com Dumbleodore ao acreditar que as palavras são a nossa inesgotável fonte de magia.