A Inovação Aberta pode ser uma boa para você? Sim, e podemos provar

Thuany Gibertini
Thuany Gibertini
O que é essa tal de Inovação Aberta? Descubra agora qual sua origem, como deve ser feita, qual a diferença entre a inovação fechada e cases de sucesso.

Inovação aberta, ou open innovation, é um termo criado por Henry Chesbrough, pesquisador da universidade Berkeley, que propõe uma forma de inovação mais colaborativa.

Neste modelo de inovação existe a junção de diferentes agentes para enriquecer a pesquisa e implementação de uma novidade para o mercado.

Em um artigo publicado pela Forbes, Chesbrough explica que, quando atuava no mercado, enxergava uma lacuna entre os negócios e a academia.

Assim ele decidiu entrar no programa de doutorado e se tornar um professor para reduzir essa lacuna.

No modelo do pesquisador podem colaborar juntos:

  • diferentes empresas;
  • órgãos públicos;
  • clientes;
  • fornecedores;
  • institutos de pesquisa;
  • startups;
  • universidades;
  • e outras organizações.

O que importa é unir agentes com conhecimentos e perspectivas diversas.

Layla Gomes é analista de negócios na LM Ventures e explica:

“Como esse modelo une muitas forças criativas, backgrounds, competências e talentos, é criada uma associação de marca muito relevante para o mercado, o que potencializa a capacidade de promoção da marca. Logo, open innovation proporciona, a quem utiliza, uma rede muito forte de networking relevante.”

E qual a diferença entre inovação aberta e inovação fechada?

A inovação fechada é um processo tradicional de inovação utilizado por diversas empresas durantes anos.

Nele as pesquisas e ideias são desenvolvidas internamente. Sendo o setor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) responsável com essa função.

E o mais marcante deste modelo é que a empresa detém a propriedade intelectual do que foi desenvolvido, ou seja, desde o processo de obtenção da ideia até sua implementação no mercado, nada é compartilhado com agentes externos.

Jeferson Carlin trabalha com Inovação aberta na Endeavor e afirma:

“Essa prática existe ainda e é muito forte em grandes empresas que têm, principalmente, desenvolvimento de produto. Elas têm muito forte essas frentes de P&D, que são justamente para desenvolver internamente essas tecnologias. O propósito é não olhar muito para fora.”

Mesmo esse modelo ainda sendo muito vivo em alguns segmentos, Jeferson alerta a inovação aberta tem ganhado espaço até nas grandes organizações:

“Cada vez mais as corporações vêm entendendo que olhar para fora acelera muito esse processo de desenvolvimento e estão tentando mesclar um pouco essas duas frentes.”

Segundo um artigo publicado pela Endeavor, do Ronald Dauscha, então Diretor Corporativo de Tecnologia e Inovação do Grupo Siemens no Brasil e hoje Coordenador dos Programas de Inovação da FAPESP, esse modelo ruiu quando os indicadores em P&D sobre faturamento das empresas já não garantiam crescimento e lucro sustentáveis.

Carlin ainda frisa a principal diferença entre o modelo de inovação aberta e inovação fechada:

“Na inovação fechada você olha só para dentro, não usa recursos externos, já na open innovation você olha muito para fora.”

Quais são as vantagens da inovação aberta para sua empresa?

Segundo a Coordenadora de Desenvolvimento de Soluções da Ultragaz, Ana Eliza Vairo:

“Quando a empresa abre seus desafios para co-criar, ela naturalmente amplia seu alcance de captura de oportunidades, provocando um choque de boas ideias que solucionem seus problemas.”

São muitos os impactos positivos da inovação aberta em uma empresa.

O primeiro e o mais óbvio é a possibilidade de utilizar mais profissionais capacitados de diferentes locais para expandir a plataforma de ideias.

Como explica Layla Gomes:

“Está relacionada ao aumento da eficiência. Com a agilidade no processo de criação e implementação do produto, se tem menores custos produtivos, o que aumenta o potencial de ganho em relação a ele, uma vez que o produto ganha muito em qualidade por ter um especialista ali pensando nele. “

Atualmente temos um grande número de profissionais capacitados no mercado e nem todos eles vão trabalhar na sua empresa.

Mas a inovação aberta permite que, de alguma forma, esse profissional possa contribuir com a sua organização.

E a soma desses fatores gera uma redução de riscos para o projeto, que contará com mais mentes pensantes de diversas áreas e organizações, possibilitando a ampliação de perspectivas e da coleta de dado.

Resultando em mais insumos para tomadas de decisão.

“A antecipação que essa agilidade gera, faz com que a empresa posicione no mercado antes da concorrência, o que traz diversos benefícios, inclusive ter uma oportunidade de testar o produto e ajustar de maneira rápida”, explica Layla.

Além de tudo isso, também pode reduzir o tempo de implementação de uma inovação.

Legal. Entendi o que é a inovação aberta, quais suas vantagens e quero aplicar na minha empresa.

Por onde começo?

Como colocar em prática a inovação aberta na sua empresa?

Existem algumas possibilidades para trabalhar a inovação aberta.

1. Defina o objetivo da sua empresa com a inovação aberta

Primeiro é importante entender quais são os objetivos que a sua empresa deseja atender com isso.

Depois desse primeiro passo vai ficar mais claro qual é o modelo certo para a sua empresa.

2. Escolha o modelo ideal de inovação aberta para ser usado

Para fazer a inovação aberta dar certo, existem diversos modelos e métodos que pode ser usados.

Pode-se escolher entre:

  • hackathons;
  • eventos e programas com startups e empresas juniores;
  • crowdsourcing ou plataformas de cocriação com clientes/fornecedores;
  • e até a criação de negócios spin-off.

A Ultragaz lançou em conjunto com a Brasil Júnior o desafio de inovação da Ultragaz.

Ana Eliza explica sobre qual é a intenção dessa iniciativa de inovação aberta:

“O desafio proposto dá bastante abertura a projetos inovadores que podem transformar a sociedade e economia como um todo, o que aumenta ainda mais nossa expectativa. Alinhado ao nosso propósito, temos como expectativa que sejam desenvolvidos projetos que mudem a vida das pessoas!”

Já a Larissa de Albuquerque Alcântara, que atua na área de Gestão do Time BJ, conta que o primeiro foi necessário entender quais eram as questões vividas na organização que mereciam atenção para que as empresas juniores pudessem traçar ideias coerentes.

“Pegamos uma problemática e lançou para o Movimento Empresa Júnior para trazer a solução.”

Larissa explica que o projeto não para por aí: “queremos também instruir as Empresas Juniores, mentorar e apoiar as ideias, até chegar na ideia mais inovadora.”

Ana Eliza, que está trabalhando de perto com a BJ afirma:

“A experiência está sendo muito desafiadora! Conseguimos formar um time entre Ultragaz e Brasil Jr com muita sinergia e com a missão de impactar empresas juniores do país inteiro .”

Esse é só um exemplo, são muitas opções, a partir dos objetivos da sua empresa fica mais claro qual é a melhor para essas metas e para o momento também.

Quer saber saber mais sobre como levar universitários engajados para uma iniciativa de inovação aberta da sua empresa? Entre em contato com a Brasil Júnior clicando aqui.

Thuany GibertiniThuany Gibertini, 23 anos, pós-júnior da FEJESP. Formada em jornalismo pela UNESP de Bauru e apaixonada pela comunicação e por comunicar. Concorda com Dumbleodore ao acreditar que as palavras são a nossa inesgotável fonte de magia.
Thuany Gibertini
Thuany GibertiniThuany Gibertini, 23 anos, pós-júnior da FEJESP. Formada em jornalismo pela UNESP de Bauru e apaixonada pela comunicação e por comunicar. Concorda com Dumbleodore ao acreditar que as palavras são a nossa inesgotável fonte de magia.