Sabe-se que um dos pilares do Brasil Empreendedor é tornar o Brasil um país mais competitivo, de forma que esse propósito alavanque o cenário econômico através do engajamento das organizações. No entanto, para dar esse salto é necessário um conhecimento sistêmico das empresas – por parte dos colaboradores – além de garantir a eficácia de um bom sistema de gestão do conhecimento, o que torna essas necessidades uma dor intensa. Este artigo apresenta a trajetória da empresa júnior ao se deparar com a falha da gestão do conhecimento e gerenciamento da rotina, onde se foi possível traçar planos de ação para que a EJ conseguisse preencher essas lacunas.
Por essa perspectiva de rotatividade ser bastante recorrente, outros problemas emergem complicando o cenário da empresa júnior como: a falta da cultura estratégica, problemas relacionado à gestão do conhecimento e desmotivação de boa parte do capital humano da empresa. Esses problemas perduraram no fim de 2011 para o começo de 2012, e teve uma consequência direta nos indicadores de desempenho da empresa.
Os desafios foram superados a partir de soluções na forma de novas práticas gerenciais conduzidas pela área responsável pelos processos da empresa. Dentre as práticas, a que causou maior impacto na organização foi a Taça da Qualidade, a qual demonstrou que nas coisas mais simples podem ser gerados os melhores resultados. Afinal, a prática tem o intuito de incitar todas as unidades da empresa a se dedicar a cumprir as metas e planos de ação estabelecidos para o semestre. Destaca-se, que boa parte do sucesso dessa e outras práticas se deveram ao fato dos membros da empresa fomentar uma forte cultura de competitividade.
Ela funciona através de uma avaliação realizada no final de cada semestre para avaliar qual unidade que mais cumpriu com os seus deveres (planos táticos e indicadores), e então, é reconhecida com a Taça da Qualidade. Além disso, são dados resultados parciais, de forma bem lúdica, para que as apresentações dos indicadores se tornem mais dinâmicas e incitem a vontade de atingir todas as metas.
A prática é controlada pelo Escritório de Processos, como está supracitado, na qual é responsável por coletar os indicadores, além de verificar o cumprimento dos planos táticos. Vale salientar, que os especialistas se dividem entre si e passam a acompanhar periodicamente uma ou mais áreas da organização. No fim, a premiação é um jantar pago pela empresa no valor de R$200,00 para a unidade ganhadora.
É importante salientar que os indicadores, assim como os planos táticos apresentam pesos diferentes, no que tange ao seu cumprimento, são divididos da seguinte forma: os planos táticos (40%) e aos indicadores (60%). A porção dos indicadores é maior por justamente se referir ao desempenho macro da organização, de tal forma, é mais difícil ser alcançado em sua plenitude. Portanto, é julgado como justa, a divisão da porcentagem.
Além disso, o Escritório de Processos inovou ao criar outras práticas, como por exemplo: a Semana da Gestão do Conhecimento (SGC) e o Game da Qualidade. A primeira diz respeito ao armazenamento de conhecimento na forma de documentos que foram criados ou reestruturados, durante os últimos 6 meses. A SGC é sempre feita ao final do semestre, na qual se faz uma lista dos documentos necessários que é repassado para as unidades e coletado no período de uma semana, em que cada unidade tem seu dia de entrega dos documentos.
O game da qualidade que tem o intuito de promover uma disputa de conhecimento entre os membros sobre a própria empresa, em questões relacionadas ao MEG, ou seja, as práticas gerenciais e resultados alcançados pela gestão. A prática é realizada no final de cada retiro de Planejamento Estratégico, onde os colaboradores são divididos em equipes e competem entre si, fazendo atividades lúdicas relacionadas à Empresa Júnior. Antes da realização do game, é disponibilizado para os membros o Banco de Práticas e o Relatório de Gestão do ano, ferramentas que contém todas as informações estratégicas da empresa.
Dessa forma, atividades inovadoras como as apresentadas acima podem trazer impacto em outras EJs, de forma que em conjunto possam garantir a segurança da informação. Basta apenas preparo e boa execução nas iniciativas, de forma que elas se tornem atrativas para os colaboradores da EJ. Os desafios da A.C.E. Consultoria para 2016 é justamente o de dar continuidade com essas iniciativas, afinal a busca pela melhoria contínua tem que ser algo diário. Pois, como diria Aristóteles, “só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar. A busca da excelência não deve ser um objetivo, e sim um hábito”.