Seu Time tem medo do conflito? Então não terá alta performance!

Lucas Rodrigues
Lucas Rodrigues
Hoje na Coluna de Rogério Chér fala sobre um dos principais desafios das equipes.

Rogério Chér, nascido em 1968, é sócio da Empreender Vida e Carreira. Atuou como líder de diversas equipes e dentro de grandes empresas, além de ministrar aulas sobre empreendedorismo e ter escrito diversos livros sobre o assunto. Para iniciar a nossa primeira coluna trazemos o primeiro empresário júnior que irá escrever regularmente para o nosso portal sobre: liderança, gestão de equipes e carreira.

Acompanhe agora o primeiro artigo da coluna de Rogério Chér para o nosso portal, falando sobre um dos principais pontos dos desafios das equipes:

A palavra conflito não ajuda muito: logo imaginamos alguém dando uma tesoura voadora em seu interlocutor. Mas não é sempre assim e não precisa ter sempre este significado beligerante, especialmente quando falamos de Times em Alta performance.

O bom começo para esta reflexão é lembrar da importância do binômio conversa corajosa. Para times altamente eficazes, coragem pressupõe capacidade para falar do coração, com autenticidade e com disposição para ficar vulnerável com os outros membros da grupo. Em times vencedores, as pessoas deixam de ser quem elas pensavam que deveriam ser a fim de serem quem elas são. Esta a atitude constrói verdadeira e positiva conexão entre a equipe.

Pense comigo: é preciso ter muita coragem para ficar vulnerável na frente de alguém. Quando isto ocorre, quando nos colocamos com a verdade do nosso coração, as pessoas nos sentem, nos percebem e nos veem em nossa melhor versão. Isto cria fortes momentos de ligação e um nível superior de confiança.

Outro aspecto relevante é entender que “conversa” divide-se em duas partes: debate e diálogo. Em times disfuncionais, as pessoas ou debatem muito ou dialogam bastante. O problema desta frase é a palavra “ou”: não combina com alto desempenho. Equipes bem sucedidas praticam o “e”: debatem e dialogam.

Debater significa conflitar produtivamente com ideias, questionamentos e novas possibilidades. Trata-se do exercício de pensar e falar divergentemente, uma alavanca imprescindível para a criatividade. É possível debater sem perder a ética e o respeito. Não é isso que desejamos. Mas precisamos encarar o fato de que times de baixo desempenho ou não fazem o debate, ou fazem debate, esquecendo de dialogar.

Superada a etapa do debate, em que o grupo mergulha em perguntas do tipo “e se”, “por que sim”, “por que não”, “mas e se”, entra-se no momento de alinhar, buscar os pontos comuns, o mínimo divisor compartilhado. Trata-se do exercício de pensar e falar convergentemente, condição fundamental para um grupo agir com alto grau de alinhamento compromissado. Times perdedores ou não dialogam, ou somente dialogam, pulando a etapa do debate.

Desse modo, equipes de alta performance praticam a seguinte fórmula:

CONVERSA CORAJOSA = DEBATE + DIÁLOGO

E você, em seu Time? Tem praticado igual fórmula? As pessoas topam o desconforto interpessoal do debate e conflitam positivamente? Ou preferem a harmonia artificial? Conseguem convergir para objetivos comuns, ou atuam com danosa fragmentação? Compartilhe comigo sua experiência.

Lucas RodriguesEstudante de Engenharia Elétrica da UnB. Responsável pelos Negócios Digitais da Brasil Júnior.
Lucas Rodrigues
Lucas RodriguesEstudante de Engenharia Elétrica da UnB. Responsável pelos Negócios Digitais da Brasil Júnior.