Execução completa de projetos comerciais por trainees abre novos horizontes - Poli Júnior

Stephanie Zaninii
Stephanie Zaninii
Trainees são capacitados para realizar a parte técnica de projetos logo que entram na empresa. Captação de projetos externos pagos para os trainees é grande oportunidade de crescimento para a Empresa Júnior.

Desde o meio da década de 2000, a Poli Júnior – a Empresa Júnior da Escola Politécnica da USP – sempre capacitou os seus trainees para realizarem a parte técnica de projetos de engenharia, logo que eles entram na empresa. Entretanto, devido ao receio de que a complexidade de projetos de clientes reais pudesse ser muito alta para os trainees encararem, sempre eram criados projetos fictícios para que os trainees realizassem, os chamados “Projetos Quest”. Esses projetos possuíam clientes e problemas fictícios, e embora satisfizessem o propósito de desenvolver a parte técnica dos trainees, eles não contribuíam para o faturamento da empresa e nem desenvolviam o contato com o cliente nesses membros recém-ingressos na empresa. Esse cenário começou a mudar no início de 2015, com uma nova postura da Diretoria vigente.

Percebendo a grande oportunidade que havia na captação de projetos externos pagos para que os trainees realizassem, a Diretoria de 2015 se preparou para já começar a captar projetos Quest de clientes reais desde o início do ano. O risco poderia ser alto, e a postura incomodou alguns da empresa. Entretanto, como a qualidade de capacitação e treinamentos para os trainees vinha crescendo, eles se sentiram confortáveis em investir bastante nesse novo caminho.

O início não foi fácil. Como era necessário uma grande quantidade de projetos a serem oferecidos ao mesmo tempo para os trainees de um semestre - são aproximadamente 36 trainees entrando todo semestre, divididos em 9 equipes de projetos de 4 trainees cada – a Diretoria de Mercado teve que empreender um grande esforço para conseguir captar projetos a tempo. Como a metodologia de captação não estava preparada para comportar tamanho número de projetos, não houve um número de projetos externos significativo a serem oferecidos no primeiro semestre de 2015. Foram 3 projetos externos de 9 possíveis, e destes, somente 1 foi pago.

Entretanto, para o segundo semestre de 2015, já foi possível observar uma evolução. Foram fechados 6 projetos externos de 9 possíveis, e destes, 4 foram pagos. A satisfação dos clientes também foi bastante positiva dos projetos realizados, e o cenário para 2016 é otimista. Atualmente, há 7 projetos Quest externos e 5 pagos sendo executados. Espera-se que no segundo semestre deste ano, a Poli Júnior tenha 100% de seus projetos “Quest” externos pagos. Esse cenário abre um novo horizonte com muito potencial para alavancar o faturamento de projetos da EJ e promover um desenvolvimento de seus trainees sem precendentes na história da EJ, já que logo no primeiro semestre de vivência Júnior deles, eles podem ter um contato com cliente intenso e noções mais aprofundadas de planejamento e execução de projetos reais.

Muitas Empresas Juniores do MEJ brasileiro conseguiram atingir um nível de maturidade de gestão adequado, e deve haver um esforço coletivo para que possamos realizar mais e melhores projetos. Entretanto, a Poli Júnior acredita que a realização da parte técnica dos projetos pelos próprios membros, sem a necessidade de contratação de estagiários externos à EJ, possa agregar muito para o desenvolvimento completo que a vivência de empresário júnior pode oferecer. Realizar a transição é bastante complexo, mas o retorno é altíssimo para os membros envolvidos. Para a Poli Júnior, que se encontra no Cluster 3, a nossa meta é manter o sistema de realização dos nossos próprios projetos enquanto aumentamos nossa eficiência e vendemos mais projetos. E superar completamente este desafio de oferecer projetos reais aos nosso trainees é algo que certamente estará contribuindo muito para o alcance do nosso objetivo.

Stephanie Zaninii
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